Café. Gosto bastante. E tenho provado dos diversos métodos de extração, pra variar do espresso. Ultimamente, uma boa redescoberta foi o café filtrado, ou popularmente coado.
Depois de anos relegado, vi que as boas cafeterias voltaram a ofertá-lo e não pude deixar de provar. Inesquecível foi a primeira caneca que tomei de café filtrado na Suplicy da Lorena. O barista contou que havia feito na hora um blend com mais de um dos grãos da casa, e eu o vi moendo na hora e colocando na cafeteira Bunn, aquela tipo americana que aparece nos filmes. Na aparencia, um líquido translúcido, mas de uma cor caramelo muito bonita. Muitos aromas, suaves, e na boca essa suavidade também era muito rica. Uma delícia.
Isso faz algum tempo, era tarde da noite, e acabei não documentando, nem por fotos, nem me lembro do blend perdido. Uma pena. Mas o de torra média padrão que eles vendem também se sai muito bem em casa, (ou no escritório) como pude confirmar depois.
Mais documentado está o da Santo Grão, tenho fotos ilustrando o lúdico processo deles. No Santo Grão o café é filtrado na sua mesa, a sua frente, utilizando um suporte/filtro individual. Sua xícara é então única.
Mas na minha opinião, o que seria uma vantagem deste processo revela algumas desvantagens. Primeiro, achei que a temperatura do café acabou abaixo do desejável, achei que o café passado na hora estava frio ao degustar. Acho que a temperatura inicial da água não estava alta o suficiente, a jarrinha não chegou vaporando. Pode ser também que esperei demais pra beber de meu café. O tempo que esperei foi o de finalizar o gotejamento, talvez devesse derramar gotas à mesa. Enfim, diversas hipóteses pra um café frio.
Processado o Santo Café, ele não se mostrou tão rico quanto o meu histórico café Suplicy. Mas com certeza é um bom café ainda assim.
E a segunda desvantagem é ecológica, pra quem se importa com isso. Note na foto que pra extrair uma xícara pequena de café você dispõe de um anel de plástico que é descartado. ou seja, mais um pouco de plástico por aí.
Enfim, eu acho que repetiria a experiência do café único no Santo Grão, até porque tenho que tirar a prova da temperatura, mas com certeza não faria isso diariamente. No Santo Grão fico mesmo com o espresso e com os demais preparos, aquele frapê de café deles vale a viagem.
Em compensação, se pudesse eu beberia todo dia o filtrado do quarteirão acima, fácil fácil.
domingo, 3 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Mocotó
De tão falado, não tem como não visitar o Mocotó, na Vila Medeiros, Zona Norte de São Paulo. E fui. Duas vezes neste mês, aliás.
A primeira, no primeiro final de semana do mês, seguimos a estratégia de Alhos e chegamos antes do meio-dia. Primeiros a chegar, mesas a escolher, pegamos e vamos à análise do cardápio. Como neófitos, a cordial ajuda do garçom foi necessária e bem-vinda. Vamos então à comilança:
1 - Não podia ir ao Mocotó e não provar o Caldo de Mocotó. E foi o que fiz, caldo mini, breve aquecimento. Uma delícia, bem temperado, coentro na medida, pedacinhos de mocotó pra mastigar... Estilo nordestino de caldo, bem diferente do caldo do Veloso. Não que o do Veloso seja ruim, muito pelo contrário. Apenas estilos diferentes.
Ainda esquentando os tamborins, porção de torresminho, crocante e gostoso, e dadinhos de tapioca com molho agridocepicante. Estes últimos uma bela criação do chef Rodrigo, quentinhos ficam com uma textura incrível, e o molho que acompanha combina muito bem com eles. Pra quem interessar, Neide postou em seu blog os segredos do prato.
Como o dia era de celebração, continuamos a comilança com o Escondidinho de Carne Seca, que pro meu gosto ficou destoando dos outros pratos, esse tinha os acentuados sabores dos queijos usados, e o dia era das carnes.
E por falar em carne, fantástica a Costela de Porco servida aos sábados, derretendo de macia, saboroso o molho de melado, bem guarnecida com mandioca cozida e abacaxi grelhado, de babar. Uma ótima releitura das americanas costeletas ao barbecue, mas com sotaque brasileiro.
Também pra acompanhar as costelas, Baião de Dois, suave, ótimo mesmo pra guarnecer.
Não podia faltar a famosa Mocofava, caldo de mocotó com favas, uma delícia, mas melhor ainda pra se comer direto na cumbuca.
Ainda houve espaço pra Carne de Sol Assada, com manteiga, mandioca chips, alho e pimenta biquinho, uma delícia. Uma carne de sol diferente das que já comi, essa era macia, derretia na boca. E a pimenta biquinho, de que sou fã, dava seu toque nesta bela porção.
E pra fechar, Pudim de Tapioca, que estava gostoso, mas que perdeu feio pro Sorvete de Rapadura com calda de catuaba. Que coisa fantástica esse sorvete, "flocos" de rapadura por ele todo, e a calda de catuaba, saborzinho acido-frutado... De babar. Das melhores sobremesas que já provei.
E hoje, sozinho em casa, resolvi almoçar lá. Esquema totalmente diferente, pois acordei bem tarde e fui mirando o horário pós-rush do almoço. Pois bem, cheguei sozinho, 15h30, chovendo aos cântaros, e a fila enorme... Previsão de mais de hora de espera. Ora, já estava lá, peguei senha e consegui um cantinho no balcão do bar pra começar com a Mocofava de café da manhã.
Um pouco mais tranquilo, vejo que o banco de madeira vagou. Nem esquentei o lugar, e uma mesa pequena liberou. Vantagens de ir sozinho, cabe-se em qualquer cantinho.
Pois bem, sentado fui logo pedindo um atolado de bode, mini baião de dois e mini caldo de mocotó. Como já tinha mandado a mocofava pequena, a garçonete olhou com uma cara... E disse "olha, dá pra levar o que sobrar, viu?".
Imaginei que seria um desbunde ainda maior que o primeiro, e claro, o cabrito veio pra casa embaladinho na quentinha. Mas estava tudo bem gostoso no restaurante, o baião melhor que o da primeira visita, por conta do feijão com caldo que adicionaram. O caldo de mocotó já conhecia, e o bode, bem, estava bastante gostoso, temperado na medida, mas acho que poderia ter mais sabor caprino. Pra quem se aventurar, recomendo regar com o caldo do prato, fica bem úmido e gostoso.
Comentários ainda positivos pra caipirinha, gostosa, boa a cachaça utilizada, e o sorvete de rapadura continua maravilhoso.
Mocotó, realmente um desbunde. E ainda voltarei muitas e muitas vezes, com certeza.
A primeira, no primeiro final de semana do mês, seguimos a estratégia de Alhos e chegamos antes do meio-dia. Primeiros a chegar, mesas a escolher, pegamos e vamos à análise do cardápio. Como neófitos, a cordial ajuda do garçom foi necessária e bem-vinda. Vamos então à comilança:
1 - Não podia ir ao Mocotó e não provar o Caldo de Mocotó. E foi o que fiz, caldo mini, breve aquecimento. Uma delícia, bem temperado, coentro na medida, pedacinhos de mocotó pra mastigar... Estilo nordestino de caldo, bem diferente do caldo do Veloso. Não que o do Veloso seja ruim, muito pelo contrário. Apenas estilos diferentes.
Ainda esquentando os tamborins, porção de torresminho, crocante e gostoso, e dadinhos de tapioca com molho agridocepicante. Estes últimos uma bela criação do chef Rodrigo, quentinhos ficam com uma textura incrível, e o molho que acompanha combina muito bem com eles. Pra quem interessar, Neide postou em seu blog os segredos do prato.
Como o dia era de celebração, continuamos a comilança com o Escondidinho de Carne Seca, que pro meu gosto ficou destoando dos outros pratos, esse tinha os acentuados sabores dos queijos usados, e o dia era das carnes.
E por falar em carne, fantástica a Costela de Porco servida aos sábados, derretendo de macia, saboroso o molho de melado, bem guarnecida com mandioca cozida e abacaxi grelhado, de babar. Uma ótima releitura das americanas costeletas ao barbecue, mas com sotaque brasileiro.
Também pra acompanhar as costelas, Baião de Dois, suave, ótimo mesmo pra guarnecer.
Não podia faltar a famosa Mocofava, caldo de mocotó com favas, uma delícia, mas melhor ainda pra se comer direto na cumbuca.
Ainda houve espaço pra Carne de Sol Assada, com manteiga, mandioca chips, alho e pimenta biquinho, uma delícia. Uma carne de sol diferente das que já comi, essa era macia, derretia na boca. E a pimenta biquinho, de que sou fã, dava seu toque nesta bela porção.
E pra fechar, Pudim de Tapioca, que estava gostoso, mas que perdeu feio pro Sorvete de Rapadura com calda de catuaba. Que coisa fantástica esse sorvete, "flocos" de rapadura por ele todo, e a calda de catuaba, saborzinho acido-frutado... De babar. Das melhores sobremesas que já provei.
E hoje, sozinho em casa, resolvi almoçar lá. Esquema totalmente diferente, pois acordei bem tarde e fui mirando o horário pós-rush do almoço. Pois bem, cheguei sozinho, 15h30, chovendo aos cântaros, e a fila enorme... Previsão de mais de hora de espera. Ora, já estava lá, peguei senha e consegui um cantinho no balcão do bar pra começar com a Mocofava de café da manhã.
Um pouco mais tranquilo, vejo que o banco de madeira vagou. Nem esquentei o lugar, e uma mesa pequena liberou. Vantagens de ir sozinho, cabe-se em qualquer cantinho.
Pois bem, sentado fui logo pedindo um atolado de bode, mini baião de dois e mini caldo de mocotó. Como já tinha mandado a mocofava pequena, a garçonete olhou com uma cara... E disse "olha, dá pra levar o que sobrar, viu?".
Imaginei que seria um desbunde ainda maior que o primeiro, e claro, o cabrito veio pra casa embaladinho na quentinha. Mas estava tudo bem gostoso no restaurante, o baião melhor que o da primeira visita, por conta do feijão com caldo que adicionaram. O caldo de mocotó já conhecia, e o bode, bem, estava bastante gostoso, temperado na medida, mas acho que poderia ter mais sabor caprino. Pra quem se aventurar, recomendo regar com o caldo do prato, fica bem úmido e gostoso.
Comentários ainda positivos pra caipirinha, gostosa, boa a cachaça utilizada, e o sorvete de rapadura continua maravilhoso.
Mocotó, realmente um desbunde. E ainda voltarei muitas e muitas vezes, com certeza.
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