Café. Gosto bastante. E tenho provado dos diversos métodos de extração, pra variar do espresso. Ultimamente, uma boa redescoberta foi o café filtrado, ou popularmente coado.
Depois de anos relegado, vi que as boas cafeterias voltaram a ofertá-lo e não pude deixar de provar. Inesquecível foi a primeira caneca que tomei de café filtrado na Suplicy da Lorena. O barista contou que havia feito na hora um blend com mais de um dos grãos da casa, e eu o vi moendo na hora e colocando na cafeteira Bunn, aquela tipo americana que aparece nos filmes. Na aparencia, um líquido translúcido, mas de uma cor caramelo muito bonita. Muitos aromas, suaves, e na boca essa suavidade também era muito rica. Uma delícia.
Isso faz algum tempo, era tarde da noite, e acabei não documentando, nem por fotos, nem me lembro do blend perdido. Uma pena. Mas o de torra média padrão que eles vendem também se sai muito bem em casa, (ou no escritório) como pude confirmar depois.
Mais documentado está o da Santo Grão, tenho fotos ilustrando o lúdico processo deles. No Santo Grão o café é filtrado na sua mesa, a sua frente, utilizando um suporte/filtro individual. Sua xícara é então única.
Mas na minha opinião, o que seria uma vantagem deste processo revela algumas desvantagens. Primeiro, achei que a temperatura do café acabou abaixo do desejável, achei que o café passado na hora estava frio ao degustar. Acho que a temperatura inicial da água não estava alta o suficiente, a jarrinha não chegou vaporando. Pode ser também que esperei demais pra beber de meu café. O tempo que esperei foi o de finalizar o gotejamento, talvez devesse derramar gotas à mesa. Enfim, diversas hipóteses pra um café frio.
Processado o Santo Café, ele não se mostrou tão rico quanto o meu histórico café Suplicy. Mas com certeza é um bom café ainda assim.
E a segunda desvantagem é ecológica, pra quem se importa com isso. Note na foto que pra extrair uma xícara pequena de café você dispõe de um anel de plástico que é descartado. ou seja, mais um pouco de plástico por aí.
Enfim, eu acho que repetiria a experiência do café único no Santo Grão, até porque tenho que tirar a prova da temperatura, mas com certeza não faria isso diariamente. No Santo Grão fico mesmo com o espresso e com os demais preparos, aquele frapê de café deles vale a viagem.
Em compensação, se pudesse eu beberia todo dia o filtrado do quarteirão acima, fácil fácil.